Futuro Ecológico | Habitat Sustentável

Energias

 

        Ao ritmo que cresce o consumo dos combustíveis fósseis, e tendo em conta que se prevê um aumento ainda maior a curto/médio prazo, colocam-se dois importantes problemas:
        − Questões de ordem ambiental;         
        − O facto dos recursos energéticos fósseis serem finitos, ou seja, esgotáveis.

As fontes de energia ou recursos energéticos podem dividir-se em renováveis e não renováveis.

 

            ENERGIAS RENOVÁVEIS

           Diz-se que uma fonte de energia é renovável quando não é possível estabelecer um fim temporal para a sua utilização, ou seja, quando possui a capacidade de regeneração (renovação). Estas energias são virtualmente inesgotáveis, mas limitadas em termos da quantidade de energia que é possível extrair em cada momento e surgem como uma alternativa ou complemento às energias convencionais, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento sustentável.


            Como exemplos de energia renováveis, podemos enumerar a energia solar, a energia eólica (dos ventos), a energia hidráulica (dos rios), a biomassa (matéria orgânica), a geotérmica (calor interno da Terra) e a das marés (das ondas do mar, cursos de água e oceanos), exemplos esses que desenvolveremos mais adiante no nosso trabalho.

          

            Tem vantagens?

            SIM! As principais vantagens resultantes da utilização de energias renováveis consistem no facto de não serem poluentes e poderem ser exploradas localmente. A utilização da maior parte das energias renováveis não conduz à emissão de gases com efeito de estufa (sendo a única excepção a biomassa, uma vez que há queima de resíduos orgânicos, para obter energia, o que origina dióxido de enxofre e óxidos de azoto). A utilização destas energias contribui também para a promoção e desenvolvimento de zonas desfavorecidas, através do investimento e do número de empregos criados.
A exploração local das energias renováveis contribui para reduzir a necessidade de importação de energia, ou seja, atenua a dependência energética relativamente aos países produtores de petróleo e gás natural.
            Neste sentido, estima-se que as energias renováveis são responsáveis pela criação de cinco vezes mais postos de trabalho do que as convencionais, que geram muito reduzidas oportunidade de emprego, atendendo ao seu volume de negócio.
 

 

            ENERGIAS NÃO RENOVÁVEIS

            Por outro lado, as fontes de energia não renováveis são aquelas que se encontram na natureza em quantidades limitadas e se extinguem com a sua utilização. Uma vez esgotadas, as reservas não podem ser regeneradas. Consideram-se fontes de energia não renováveis os combustíveis fósseis (carvão, petróleo bruto e gás natural) e o urânio, que é a matéria-prima necessária para obter a energia resultante dos processos de fissão ou fusão nuclear. Todas estas fontes de energia têm reservas finitas, uma vez que é necessário muito tempo para as repor, e a sua distribuição geográfica não é homogénea, ao contrário das fontes de energia renováveis, originadas graças ao fluxo contínuo de energia proveniente da natureza.


            Geralmente, as fontes de energia não renováveis são denominadas fontes de energia convencionais, uma vez que o sistema energético actual assenta na utilização dos combustíveis fósseis. São também consideradas energias sujas, já que a sua utilização é a causa directa de importantes danos para o meio ambiente e para a sociedade: destruição de ecossistemas, danos em bosques e aquíferos, doenças, redução da produtividade agrícola, corrosão de edificações, monumentos e infra-estruturas, deterioração da camada de ozono ou chuva ácida. Tudo isto sem esquecer os efeitos indirectos como os acidentes em sondagens petrolíferas e minas de carvão ou a contaminação por derramamentos químicos ou de combustível.

            

             Traz problemas?

            SIM! Actualmente, um dos problemas ambientais mais graves, resultante de um sistema energético que privilegia o uso de fontes de energia não renováveis é o denominado efeito de estufa. As instalações que utilizam combustíveis fósseis não produzem apenas energia, mas também grandes quantidades de vapor de água e de dióxido de carbono (CO2), gás que é um dos principais responsáveis pelo efeito de estufa do planeta. A par deste, são ainda emitidos para a atmosfera outros gases nocivos como os óxidos de azoto (NOx), de enxofre (SO2) e os hidrocarbonetos. Estes gases, por sua vez, provocam uma série de modificações ambientais graves e cuja concentração na atmosfera causa a poluição das cidades, a formação de chuvas ácidas, de névoa (denominada smog fotoquímico), o aumento do efeito de estufa do planeta e concentrações elevadas de ozono troposférico.
            Outro problema que resulta de um sistema energético baseado na utilização de combustíveis fósseis é a dependência económica dos países não produtores das matérias-primas. Em alternativa, as energias renováveis são geralmente consumidas no local onde são geradas, isto é, são fontes de energia autóctones. Desta forma, é possível diminuir a dependência dos fornecimentos externos.

 

 

 

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